Wednesday, July 5, 2006

Champignons du monde


Com a mais que justa eliminatória logo de início dos naturalmente dominados - checos, marfinenses, costa-ricos (que mais justo seria chamar costa-pobres), angolares... - ficou provada a minha tese: só povos que, num glorioso passado mais ou menos recente, massacraram com metódicas barbárie e selvajaria estão aptos a chegar ao topo de gama mundial. Não por acaso o quarteto finalista é constituído por países que não só massacraram a bom massacrar como tiveram bons regimes fascistas a alicerçar os seus espíritos vitoriosos. E se me dizem que a França só foi fascista no tempo de Pétain recordo que hoje se viu bem, uma vez mais, que mesmo o regime colaboracionista de Vichy deixou mais raízes no coração de la France que o tépido e morno fascismo soft do nosso António Oliveira... Isto não é uma crítica, é uma constatação: por muito que respeitemos Salazar, há que reconhecer que não massacrou como devia ter massacrado. Um exemplo? Enquanto os americanos usavam sem peias nem complexos napalm na Indochina francesa, os nossos comandos bem podiam esperar sentados por cada nova remessa... Mas, se é assim, ó meu rico major (perguntar-me-ão vocês, e perguntardes-eis bem), como é que o fascismo italiano bateu o garboso nazismo alemão? Como é que o chianti bateu o schnaps? Como é que as pizzas bateram as couves? Bem, a questão está toda no ASSUMIR. É certo que os italianos foram menos competentes a massacrar povos menores (diga-se que eles próprios não são lá muito altos), mas pelo menos não andam todos encolhidos com vergonha do passado. Os alemães queriam ir à final junto às Portas de Brandenburgo? Provado ficou que não basta querê-lo, é preciso MERECÊ-LO! Massacrar mais e melhor que os outros povos é fácil. Difícil mesmo (oba, puxa aí) é ter orgulho nisso. E aí, mésirmão, os alemães têm nota zero. Nós, perucontrário, somos tão capazes de assumir que até nos orgulhamos do que fizemos sítios onde nunca pusemos os pés. Ou as mãos. Como os franceses, enfim. Só que, como jogam melhor que nós, são eles vão jogar a final da copa contra os italianos.Quanto aos boshes, lá nos encontraremos, no Shabbat, em Estugarda, Hermengarda. E vivam os maricas da Velha Aliança, que dão emprego aos nossos emigrantes (em Chelsea e chelsewhere).

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